De acordo com Muchanga, “temos o problema de corrupção nas alfândegas. A corrupção nas alfândegas é um problema muito sério. Há carros, que foram importados em contentores em nome de fardos de calamidade. Dependendo do tamanho do contentor, alguns poderiam trazer consigo dois carros de luxo, estes carros chegaram a Moçambique e falam de mais de 500 viaturas que não pagaram direitos aduaneiros.”
Segundo Muchanga, “o Instituto de Transporte Terrestre (INATRO) negou colaborar e facilitou o licenciamento destas viaturas na República de Moçambique sem terem pagos os direitos aduaneiros, num jogo onde está envolvido o Director-Geral das Alfândegas, onde inclusive há um processo na Procuradoria há mais de três anos que não está fechando.”
“Os trabalhadores das alfândegas estão dizendo que já chegaram e querem que este assunto feche, para demonstrar que Moçambique estamos comprometidos com a luta contra a corrupção. A Procuradoria há um determinado momento havia pedido o afastamento e prisão do Director-Geral das Alfândegas, só que o Juiz entendeu que tinha que pagar caução. O prejuízo está estimado em 1 bilião e 100 milhões de Meticais e o DG das Alfândegas foi pagar cinco milhões de Meticais e está em casa e continua a dirigir com o risco de ele destruir as provas, isto preocupa os funcionários das Alfândegas”, revelou Muchanga.
António Muchanga revelou que nas Alfândegas existem pessoas que cobram dinheiro usando despachantes aduaneiros baseados nas terminais de carga em todas as Sextas-feiras, onde em Ressano Garcia leva-se um 1 milhão de meticais, Porto de Maputo paga-se um 1.500.000, 00 meticais, aeroportos, 1.500.000,00 meticais, Beira também 1.500.000,00 Meticais, Nacala- Porto sai 1.500.000,00 Meticais e Pemba também 1.500.000,00 Meticais, que quando os valores são somados dão 12.000.000,00 Meticais que depois são transportados para uma residência localizada na Avenida Julius Nyerere, na Cidade de Maputo, onde tem uma bandeira grande.